quarta-feira, 1 de abril de 2020

COVID-19 - IFRN altera cronograma de processos seletivos

IFRN altera cronograma de processos seletivos
Os interessados deverão se inscrever pelo Portal da Funcern
Com novas datas, inscrições seguem até 18 de maio
A Pró-Reitoria de Ensino do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) – através de sua Coordenação de Acesso Discente – retificou os prazos do cronograma de três editais para processos seletivos. A retificação altera os prazos das seleções. Com isso, o período de inscrições segue até 18 de maio de 2020. A execução das etapas das seleções para estes editais está sob a responsabilidade da Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern).
Com o isolamento social em decorrência da Covid-19, os documentos foram alterados com o intuito de permitir que os estudantes interessados nos processos seletivos possam ter tempo hábil de inscrição. Abaixo, os processos seletivos que tiveram seus prazos de inscrições prorrogados:
ProITEC
Os interessados deverão se inscrever pelo Portal da Funcern. Para realizar a inscrição, é necessário efetuar o pagamento de uma taxa de R$ 30,00 (trinta reais). O aluno que não tenha acesso à internet poderá fazer a sua inscrição – assim que acabar o isolamento – em qualquer um dos campi do IFRN, em dias úteis, nos horários de funcionamento de acordo com o Anexo I do Edital.
Os estudantes que forem membros de família de baixa renda e comprovem inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), poderão solicitar a isenção do pagamento até 30 de abril de 2020, acessando a Área do Candidato e preenchendo o formulário de Requerimento de Isenção, no qual deverá, obrigatoriamente, informar o número do NIS do candidato no CadÚnico (com 11 dígitos).
De acordo com o edital, poderão participar do ProITEC alunos que estejam regularmente matriculados no 9º ano do Ensino Fundamental em escola da rede pública de ensino e que tenham cursado todas as “séries”, ou “anos” anteriores do Ensino Fundamental, exclusivamente em escola da rede pública de ensino ou aqueles que já tenham cursado todo o Ensino Fundamental, exclusivamente, em escola da rede pública de ensino.
Subsequente e Integrado (Proeja)
Para o Proeja, serão 40 vagas, para o Campus Mossoró, no curso de Edificações no período noturno; para os cursos na forma subsequente, as 1.303 vagas divulgadas envolvem 20 cursos, oferecidos em 15 campiAs inscrições, também no valor de R$ 30,00 (trinta reais), seguem até 18 de maio, no Portal da Funcern.
Para o Subsequente, o processo seletivo estará aberto aos portadores de certificado de conclusão do ensino médio (ou de curso equivalente); para o Proeja, a seleção estará aberta exclusivamente aos portadores de, no máximo, certificado de conclusão do Ensino Fundamental (ou de curso equivalente), que desejem cursar o ensino médio integrado a uma formação profissional e que tenham, até o último dia de matrícula deste Processo Seletivo, 18 anos completos.
Os interessados nos processos seletivos, com prova agendada para 5 de julho de 2020, terão das 8h ao meio-dia para responder a questões de múltipla escolha de Língua Portuguesa e Matemática, além de fazer a Produção Textual Escrita. O cronograma e os demais detalhes do Processo Seletivo podem ser consultados nos editais.
Acesse
Os documentos alterados são:
Edital nº 10/2020, referente ao Programa de Iniciação Tecnológica e Cidadania (ProITEC);
Edital nº 12/2020, referente aos Cursos Técnicos de Nível Médio na forma Subsequente; e
Edital nº 13/2020referente aos Cursos Técnicos de Nível Médio na forma Integrado – modalidade Educação de Jovens e Adultos (Proeja).
Fonte: Portal do IFRN

Projeto do IFRN busca identificar possíveis epicentros de contaminação

Projeto do IFRN busca identificar possíveis epicentros de contaminação
Corona Finder tem o objetivo de conter a disseminação da doença
“Quanto maior o número de amigos contaminados eu tiver, maior a probabilidade de eu contrair a Covid-19? Estando um amigo de meu amigo contaminado, qual é o grau de risco que corro de ser contaminado? ” Essas e outras perguntas motivaram a equipe do Laboratório de Inovação Tecnológica (LIT) localizado no Campus Caicó do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) a criar o Corona Finder.
Orientado pelo professor Daniel Macedo, o Corona Finder é um trabalho que busca identificar futuros epicentros da doença antes que eles surjam efetivamente. Para isso, são utilizados recursos de Inteligência Artificial (AI). “O projeto surgiu com objetivo de tentar mapear a interação social como forma de amenizar o contágio do Covid19. Dessa forma, a proposta inicial era que as pessoas entrassem em nosso sistema através da autenticação de suas redes sociais (Facebook e/ou Instagram) para que fosse analisado o grau de proximidade com algum contaminado”, disse o professor Daniel.
Segundo o professor, a primeira etapa da iniciativa teve complicações logísticas. Para desenvolver a pesquisa, o sistema de Inteligência Artificial precisava consultar as localidades das fotos e locais visitados pela pessoa que tivesse logada ao Corona Finder, avaliando os últimos centros urbanos (e suas respectivas quantidades de contaminados) visitados. Tudo isso para poder ponderar o grau de exposição e contágio para o usuário. Porém, “o uso do Api Graph, (ferramenta do Facebook, onde o projeto começou a ser posto em prática) estava muito burocrático. Eles pedem um tempo para avaliar o projeto e liberar ou não o uso dessas informações através da API. Com esse tempo de isolamento (até mesmo nos EUA), presumimos que as coisas iam demorar”, declarou Daniel.
Hábitos pessoais de higiene
Partindo para o plano B, a equipe do LIT desenvolveu a ideia de avaliar os hábitos pessoais de higiene das pessoas e tentar analisar a influência desses hábitos na contaminação, considerando sua geolocalização, seguindo algumas etapas:
1 – Coleta de dados dos usuários sobre seus hábitos e localização (etapa atual);
2 – Cruzamento de dados entre a distância dos usuários para os três centros urbanos mais próximos e a densidade de contaminados em tal área;
3 – Análise, com uso de uma rede neural, dos hábitos (ou mesmo o fator localização) mais cruciais para a contaminação, através de treinamento de um sistema de Inteligência Artificial com dados de todo o Brasil.
“Com a inteligência artificial treinada, a gente vai verificar qual localidade está tendo o mesmo comportamento crítico definido pela IA, respeitando um ponto de partida dos epicentros atuais. Por exemplo, a cidade de São Paulo tem muitos contaminados. Quais cidades vizinhas a São Paulo estão sendo acusadas pelo sistema de Inteligência Artificial como tendo hábitos críticos?”, explicou Daniel sobre o Corona Finder e o que vem sendo desenvolvido.
LIT
Laboratório de Inovação Tecnológica do Campus Caicó do IFRN conta com a participação de aproximadamente 40 estudantes, em especial dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio em Informática e de Eletrotécnica. Destaca-se que o corpo docente do LIT é formado por engenheiros e, por isso, o laboratório conta com a parceria de professores da Escola Multicampi de Ciências Médicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMCM-UFRN), da área de saúde. O intuito é possibilitar a eficácia e a usabilidade dos sistemas desenvolvidos.
“A proposta do laboratório é trazer inovação tecnológica para a área da saúde e agronegócio, dois braços fortes de suas pesquisas atuais. “Envolvemos conceitos como Deep Learning, Big Data e Data Mining para tratar de projetos na área de saúde, como o Living with wings, plataforma de jogos digitais em software e hardware adaptados para pessoas sem os membros superiores, que concorreu na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) 2020, e o OpenDemia, sistema para previsão, detecção e rastreio de Pandemias e Endemias, relatou o professor Macedo.
“É importante ressaltar que na ideia inicial o Corona Finder é baseado no colaborativismo: quem estava contaminado deveria, por vontade própria, informar isso ao sistema, visto que essa informação específica não é pública. Obviamente, o sistema estava preservando a identidade da pessoa”, finalizou Daniel, que, no LIT, destaca como colaboradores e participantes das atividades de pesquisa os professores Raphael Costa, Rafael Câmara e Francisco Júnior, com quem divide a coordenação do Laboratório, além dos estudantes Breno Almeida, Bruno Souza, Idaslon Garcia, Ivo de Paiva e José dos Santos.
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Fonte: Portal IFRN

CARTA À COMUNIDADE ACADÊMICA DA UERN

Profª. Drª. Fátima Raquel Rosado Morais
Reitora em exercício
Por
 Luziária Machado

Temos vivido nas últimas semanas um dos períodos mais desafiadores da saúde pública em todo o mundo. O avanço do contágio global pelo novo coronavírus, o Sars-Cov-2, causador da COVID-19, trouxe a necessidade urgente da união de forças, em todos os países, na frente de combate à pandemia, declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 11 de março deste ano.
No Brasil, as universidades públicas têm sido um importante braço de atuação na força-tarefa criada para agir no combate à disseminação da doença, no atendimento e tratamento dos pacientes, e no desenvolvimento de pesquisas e projetos que apresentem respostas de esperança diante dos desafios impostos pela pandemia à população mundial.
Com o compromisso e cuidado que tem com sua comunidade acadêmica, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) foi a primeira instituição de ensino superior do estado a decidir pela suspensão de todas as atividades presenciais de ensino, pesquisa, e extensão, além de autorizar entre seus servidores o teletrabalho, ressalvados casos específicos, e orientar as empresas prestadoras de serviço a liberarem seus funcionários para ficarem em casa. As medidas foram determinadas pela Portaria 346/2020 -GP/FUERN, de 15 de março de 2020.

Naquele momento, o entendimento sobre a necessidade de uma ação imediata para preservar e garantir o isolamento social de nossos estudantes, servidores, e prestadores de serviço, aliado ao respeito ao Decreto Estadual 29.512, publicado em 14 de março de 2020, nos deram a certeza de que estávamos tomando a decisão correta. O anúncio de medidas semelhantes por outras entidades e instituições de ensino ao longo dos dias seguintes confirmaram isso.
Antes mesmo da suspensão das atividades presenciais, a UERN já havia orientado a comunidade acadêmica sobre a necessidade de seguir procedimentos preventivos, no caso de pessoas que tivessem viajado para áreas com casos da doença, ou mantido contato com pessoas com quadro suspeito ou confirmado da COVID-19.
Com o semestre 2019.2 em andamento, planejamos todas as ações garantindo que não houvesse prejuízo à conclusão das atividades. Para isso, contamos com a compreensão e o apoio imprescindível dos nossos estudantes, professores e técnicos-administrativos, que mesmo numa situação adversa, atuaram de forma fundamental para que este objetivo fosse alcançado.
Cumprida esta etapa, passamos a planejar o procedimento a ser tomado em relação à continuidade do calendário acadêmico, com início do semestre 2020.1 previsto para 6 de abril. Para isso, consultamos os diretores de Unidades Acadêmicas e Diretório Central dos Estudantes (DCE), e em reunião on-line realizada nesta terça-feira (31), entendemos que, neste momento em que as autoridades de saúde pública reafirmam ser ainda mais importante o isolamento social, a suspensão do calendário por tempo indeterminado no âmbito da UERN é o caminho mais prudente a ser seguido. Neste sentido, assinamos hoje Ad Referendum 006/2020 com esta determinação. Em paralelo, toda a equipe de gestão administrativa da instituição segue acompanhando o cenário da pandemia no Brasil e no Rio Grande do Norte, e tão logo seja possível, reuniremos os representantes da comunidade acadêmica para nova análise e deliberação.
A suspensão do calendário é uma decisão difícil, mas extremamente necessária diante da situação de excepcionalidade que estamos vivenciando. É preciso garantir a saúde de todos e, neste momento, o isolamento social permanece sendo a estratégia orientada pelo Governo do Estado e pelo Ministério da Saúde. O avanço da COVID-19 tem sido responsável por muitas mortes, tendo atingido a comunidade uerniana com a perda do nosso querido professor Luiz Di Souza, primeira vítima fatal da doença no Rio Grande do Norte. Sua partida deixa um vazio em nosso meio, sendo ele símbolo de amor e dedicação pela docência e pela pesquisa científica. Uma perda que ainda dói fundo no coração de cada um de nós.
Neste momento, a UERN tem exercido papel fundamental no apoio ao Governo do Estado nas ações e estratégias de combate ao avanço do novo coronavírus entre os potiguares. Desde a atuação dos nossos professores, técnicos e estudantes dos cursos de Medicina (Mossoró) e Enfermagem (Mossoró/Caicó/Pau dos Ferros), dos profissionais das residências médicas, na linha de frente de atendimento nas unidades hospitalares, até todo o trabalho educativo e de orientação prestado por professores, técnicos e estudantes de cursos diversos nos seis campi da Instituição (Mossoró, Natal, Pau dos Ferros, Caicó, Assu e Patu).
Estamos cientes de que somente juntos conseguiremos superar este momento. Nos maiores desafios, conhecemos quem estará ao nosso lado para enfrentar a luta, e temos certeza que em qualquer missão que seja necessária, todos nós estaremos prontos para colocar a UERN sempre à disposição do povo potiguar.

Profª. Drª. Fátima Raquel Rosado Morais
Reitora em exercício

UFRN desenvolve ferramenta de previsão de contaminação pela Covid-19 - Portal da UFRN

Vilma Torres de Agecom

A UFRN lançou um novo sistema de acompanhamento online de sintomas corporais e que pode funcionar como mais um auxiliar no combate à Covid-19. A nova ferramenta é chamada de Monitorização Epidemiológica Massiva (MEM) e tem o objetivo de sistematizar informações que auxiliem em tomadas de decisão preventivas por parte de usuários sem que estes precisem lotar os serviços de atendimento clínico.
Funciona da seguinte maneira: após fazer o cadastro, o usuário responderá a perguntas sobre temperatura corporal, frequência respiratória e pulsação. Essa avaliação pode ser feita seguindo as orientações simples que acompanham o questionário e com o auxílio de um relógio e termômetro. Na sequência, o usuário responde sim ou não para outras dez perguntas sobre a ocorrência de tosse seca, dores no corpo, diarreia, nariz congestionado, dificuldade de sentir odores e sabores, fadiga, náusea e dor de garganta.
Ao enviar o questionário, o sistema irá analisar os sintomas, a evolução do quadro e as similaridades com outros problemas, como gripes e resfriados, e auxiliar na decisão do usuário em buscar unidades de saúde ou não. A comparação de dados de usuários também pode alertar a unidade de saúde responsável sobre um crescente aumento de sintomas entre os moradores locais. A análise pode ser direcionada por região, cidade ou mesmo por um único CEP.
A monitorização pode ser realizada pelo smartphone ou computadores, e o usuário deve atualizar as informações caso novos sintomas surgirem.  Foto: Anastácia Vaz
A ferramenta entrou em funcionamento esta semana no link e é o resultado de uma ação de extensão coordenada pelo professor Efrain Pantaleón, da Escola de Ciências e Tecnologia da UFRN. Ele explica que a iniciativa tem por base modelos matemáticos e técnicas de mineração de dados, auxiliadas pela expertise de profissionais de saúde. “A ferramenta se diferencia pelo seu caráter preditivo, que viabiliza ações localizadas, otimizando a infraestrutura de saúde. Não foi pensada para contabilizar pessoas que já estão diagnosticadas, mas sim para auxiliar os indivíduos que têm poucos ou nenhum sintoma”, explica.
A metodologia é vinculada às técnicas de inteligência computacional, permitindo o uso da inteligência artificial e mineração de dados (Data Minning) na identificação dos indivíduos portadores ou potenciais portadores de diferentes doenças. “Parte do trabalho consiste na geolocalização dos indivíduos infectados nas regiões de forma automática e inteligente. Esperamos obter uma ferramenta útil para as tomadas de decisão e permitir a redução de contaminados pela Covid-19”, afirma Efrain.
Esforço Interdisciplinar
O desenvolvimento da MEM contou com uma equipe de 21 pesquisadores, entre graduandos, cientistas, engenheiros, economistas e matemáticos. Também teve a colaboração da farmacêutica e pesquisadora em saúde coletiva Isabelle Ribeiro Barbosa Mirabal, da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa), da médica cubana Dianelys Pantaleón O’farrill e do IFRN.